segunda-feira , 25 janeiro 2021
Receita Para Se Fazer Um Herói!! …Na manhã de terça-feira o Felipe e eu saimos de Fazenda Rio Grande às 10h e fomos para Curitiba na sua Saveiro para procurar a gaiola da biela da minha 150cc. A preocupação seguia, pois essa gaiola era um item mais difícil de se encontrar. E a da PX200 era incompatível. Fomos à afamada Motos Clássicas, aonde o Victor dispensou apresentações: ele tinha conhecimento da Scooteria Paulista e da minha viagem rumo à Argentina. Comprei ali a gaiola da caixinha de usados em bom estado, e as juntas do motor.
Apesar de bastante atribulados foram solícitos comigo e me convidaram para conhecer as instalações da loja. Lá eles fabricam diversas peças raras, com a mesma precisão da época. Realmente um trabalho de se tirar o chapéu (ou o capacete). Ao lado, na Retífica Paulista a biela foi montada com perfeição. Seguimos então de volta para a Fazenda Rio Grande, na Naza Moto Peças.
O Fernando estava atribulado ali com os serviços, e o Felipe bastante disperso naquela tarde. Eu não quis forçar a barra e acelerar o amigo pois ele já tinha batido todos os recordes de gentileza.
A oficina é bastante frequentada, em boa parte do tempo pelos amigos do Posto 21 e arredores. Felipe fazia de tudo um pouco, e quando eu achava que ele já tinha se enchido de mexer na Vespa, ele voltava e dava mais um gás. Sempre que precisávamos ligávamos para o Reginaldo na Free Willy Moto Peças, em São Paulo.
A biela encaixada travava no giro, e foi aí que o Felipe descobriu o ponto aonde o motor travou: na emissão, um dos pininhos da gaiola subiu para a biela e travou na boca da entrada de combustível, machucando levemente o cárter, formando um pequeno relevo que travava o giro livre do virabrequim. O Felipe então lixou e refez o trabalho de “espelhamento” da parte, resolvendo o problema. Mas como se não bastasse, simplesmente perdemos de vista uma das chavetas, aquela meia lua minúscula feita em aço, presa no eixo de encaixe do magneto. E a cada meia hora alguém me ligava na oficina – pois meu celular quebrou na viagem e por isso anunciei o número da oficina no blog.
O Felipe não deixou barato e soltou a piada a cada telefonema: “isso parece telefone de puta, toca toda hora”. De fato recebi ligações de apoio dos scooteristas de São Paulo, Curitiba (PR) e de Santa Maria (RS). Pela internet eu atualizava a todos sobre a evolução dos acontecimentos. Era quase 20h quando a oficina baixou as portas e fomos jantar no Shopping do km22. Eu poderia ter desfrutado mais da vista da BR 116 e da companhia dos amigos da Naza se não estivesse com os olhos fincados no horizonte da pista rumo ao sul brasileiro.
O Felipe então lembrou: “eu to com dois motores de DT parados na oficina, é certeza que tem uma chaveta dessa lá, a da DT tem a mesma medida…”. Quando voltamos pra oficina o Felipe sumiu num pulo de gato para um encontro marcado com uma garota às 22h. Pronto, fu%&#…!!! Eu precisava ter pego a estrada naquele fim de tarde, já passava das 22h30 e o mecânico saía para um encontro. O Fernando, seu auxiliar, revirou as caixas das motos e encontrou uma chaveta da DT. Testou na Vespa e deu enxaixe. Perfeito!!
Foram duas horas de aflição, e eis que chega o cara, pronto pra labuta. Em um pouco menos de duas horas o motor estava funcionando, ainda no cavalete. A luz no fim do túnel era de uma vela BP9 para veículos de competição. A oficina fechada virara uma estufa de fumaça branca. O Fernando (coitado) que dormia atrás do balcão da loja, acordou bravo com a fumaça, pegou o seu colchão e foi dormir na caçamba da Saveiro. Nós rachamos o bico com ele ali. Cada qual foi pro seu sono, com a tarefa de finalizar o trabalho logo cedo. Hoje pela manhã o Fernando me acordou de bom humor, ufa!!! Corri pra Vespa e instalei a roda pra puxar pra calçada. O Felipe chegou e em ritmo alucinante acertou as tarefas finais.
Pronto, minha Vespa estava ótima. Ele ainda re-instalou a caixa de marchas e acertou o ponto com as dicas do Reginaldo pelo DDD, além de acertar a rosca da vela – que eu havia apertado torta durante a ansiedade pra a viagem -, Foi a primeira vez então que o Felipe pilotou uma Vespa. Ela estava pronta novamente para as ruas. Tomei um banho, joguei 100 pilas na mão do amigo – que não quis cobrar mas considerei no mínimo justo. Foram dois dias de trabalho, e ali o que eles puderam fazer por mim, fizeram. Às 10h30 então me despedi dos amigos da Naza Moto Peças e fui pra BR 116, aonde estou nesse momento, almoçando na cidade de Rio Negro (PR). Esse será o primeiro foguete da Naza que vai para a Argentina. Ir pra lua pra fazer o que?
MARCIO FIDELIS
Presidente Fundador da Scooteria Paulista, sociólogo e scooterista sem fronteiras.
2011-12-0823 de dezembro de 2011
22 de dezembro de 2011
20 de dezembro de 2011
19 de dezembro de 2011
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You’ve really helped me understand the iusses. Thanks.
ufa, até que enfim terminou esse capítulo, pronto pra outra e sempre com Deus e com a nossa torcida rerere. acelera ai tche…
Fico feliz com o desfecho e que de agora em diante desfrute da alegria da viagem.
Precisando de algo em local desconhecido, acesse o site
http://www.canticosccb.com.br, clic em relatorio ccb, encontre um endereço na cidade onde estiver e poderá contar com alguem.
Deus o abençoe muito, sempre e em tudo.